quinta-feira, 22 de junho de 2017

MINISTÉRIO FEMININO ORDENADO

O SR. SEMPRE, EM SUAS POSTAGENS, CONDENA VEEMENTEMENTE O PASTORADO FEMININO, MAS O QUE O SR. TEM A DIZER DE PASTORAS QUE DESENVOLVEM EXCELENTE MINISTÉRIO SOCIAL, RESGATAM VIDAS, RESTAURAM CASAMENTOS ETC?
Prezado, não condeno o MINISTÉRIO feminino em si. Muitas mulheres inegavelmente têm ministérios, e muitos mais frutíferos que de muitos homens. No NT há inúmeros casos de mulheres que desempenhavam ministérios na Igreja, como Priscila, Febe, Evódia, Síntique... Nos tempos atuais, muitas mulheres fundaram e conduziram Igrejas, outras fundaram missões, seminários etc. Entretanto, as Escrituras não dão qualquer margem para um ministério ordenado de mulheres. Não me recordo que haja qualquer registro histórico de sacerdotisas cristãs (pastoras) nos primeiros séculos, nem mesmo após a oficialização da Igreja no Império. Até mesmo Montano, que tinha a seu lado duas mulheres que profetizavam em nome do Espírito Santo, em momento algum tiveram status de "pastoras", mas de profetisas. E a alegação de que "os tempos evoluíram" não é desculpa, pois a sociedade deve seguir a Bíblia, e não a Bíblia se moldar à sociedade.
Quem quiser se autoentitular "pastora", "bispa"(??), "apóstola" ou mesmo "arcanja" ou "semideusa" que o faça, mas não terá qualquer amparo escriturístico para tal. Na minha opinião, a simples aceitação de um título destes, ilegítimo, é desobediência.
Um bom e frutífero ministério nem sempre significa que Deus está aprovando tal coisa. Há PADRES e FREIRAS que fazem maravilhoso trabalho com drogados, resgatando-os das cracolândias, recuperando-os e devolvendo-lhes a vida e a dignidade; conheço MÓRMONS que desempenham trabalho maravilhoso e frutífero com casais separados ou à beira da separação, restaurando casamentos, famílias etc, ministrando-lhes o "casamento eterno"; CANDOMBLECISTAS mantêm orfanatos, asilos e muitas boas obras sociais; ESPÍRITAS fazem uma obra social que, somados todos os demais segmentos sociais cristãos suas obras não chegam aos pés das obras espíritas!! E isso não significa, a priori, que a aprovação de Deus está com eles...
Observe um relato de pessoas bem sucedidas em seus ministérios:
"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome expelimos demônios? E em teu nome fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mt 7:21-23).
Então, o sucesso ministerial, os milagres, os exorcismos, as profecias (inclusive profecias que se cumpriram, pois não imagino que um falso profeta terá a cara dura de dizer ao Senhor que profetizou em Seu nome coisas que não se cumpriram!) e até a realização de maravilhas não referendam a aprovação divina.
A aprovação divina está na OBEDIÊNCIA. Saul desobedeceu, primeiro fazendo sacrifícios que não lhe competiam, e segundo poupando o gado amalequita para sacrifícios ao SENHOR, e Ele não observou sua boa vontade, ou mesmo os resultados de sua administração real, mas a sua desobediência. Um ministério com poucos frutos, mas com obediência, será aceito pelo Mestre, mas um ministério com muitos frutos mas sem obediência...
Não vejo obediência em uma pessoa se arvorar de um título que não lhe pertence. Assim, o ministério frutífero de ninguém justificará sua desobediência naquele Dia!

quarta-feira, 2 de março de 2016

HIERARQUIA ECLESIÁSTICA

O SR. NÃO ACHA QUE A HIERARQUIA NA IGREJA É COISA DE HOMENS, E DEVE SER ABOLIDA?

Vejo pessoas vociferando contra a hierarquia da Igreja, e até concordo que o sentido de "hierarquia eclesiástica" está apodrecido, o que não significa que seja antibíblico.

Jesus ensinando aos seus discípulos, disse: “Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve” (Lc 22:25-26). Ele não negou a hierarquia, mas deu-lhe o verdadeiro sentido: serviço, e não domínio; edificação de todos, e não autopromoção e status; enriquecimento espiritual das Igrejas, e não enriquecimento pessoal dos que estão no topo da pirâmide.

Neste aspecto, a Igreja tem pecado, pois a maioria das "hierarquias eclesiásticas" que vemos são pirâmides sociais de domínio e opressão, aonde quem está no topo MANDA e SE SERVE de quem está abaixo, quando a intenção do Senhor e dos Apóstolos ― estes últimos ao ordenar diáconos, presbíteros e bispos ― era que quem estivesse no topo SERVISSE aos de baixo!

Não entendo qual a dificuldade de se enxergar a hierarquia nas Escrituras do Novo Testamento. Mas, para facilitar, vou explicar melhor, calmamente...

Um dia, houve uma contenda e murmuração da Igreja por causa das falhas constantes na distribuição do alimento diário às viúvas. Isto está relatado em Atos 6. Aparentemente uma situação facílima de se resolver, bastando apenas a criação de uma "comissão" de irmãos que cuidasse do assunto. Mas aprouve aos Apóstolos instituir SETE homens, mais tarde chamados de "diáconos", e imbuí-los desta responsabilidade, de forma ORDENADA. A Igreja foi orientada a escolher sete homens, que precisavam ser cheios do espírito Santo, e os apresentar aos apóstolos. Feito isso, “[os Apóstolos], orando, lhes impuseram as mãos” (At 6:6). A imposição de mãos implica, em toda a Escritura, em autoridade conferida. Doravante, SOMENTE ESTES DIÁCONOS seriam responsáveis por esta tarefa. Nem todos os crentes podiam fazê-la. Só quem tivesse autoridade para tal! Logo, há uma "classe de crentes" superior à multidão de irmãos... Pelo menos na OBRIGAÇÃO EM SERVIR aos demais! E isto é "hierarquia". Embora em Cristo, para a salvação, não haja distinção entre ninguém, para SERVIÇO há distinção.

O mesmo se aplica aos presbíteros. Aonde os Apóstolos passavam e fundavam uma Igreja, estabeleciam os presbíteros, que tinham a autoridade de presidir a Igreja. Obviamente, eles eram os "pastores" das Igrejas locais, e como tinham a função de presidir, presidiam sobre os diáconos!

Mais tarde, bispos foram instituídos para supervisionar presbíteros... Por consequência, eles presidiam o trabalho de uma certa quantidade de presbíteros...

E quanto aos "títulos"??

Bem... Eles existem, estão muito bem descritos nas Escrituras e não podem ser negados ou abandonados porque alguns ou a maioria os utiliza de forma ilícita e antibíblica! São citados os diáconos (At 6:1-7; Fp 1:1; 1 Tm 3:8-13), os presbíteros (Tt 1:5; Tg 5:14; 1 Pe 5:1), os pastores ou guias (Hb 13:7, 17; Ef 4:11) e os bispos (At 20:28; F9 1:1; 1 Tm 3:2; Tt 1:7), e fica difícil qualquer opositor negar que tais funções eram reconhecidas desde a Igreja Primitiva, citadas na Escritura inclusive com os apóstolos prescrevendo doutrina para a escolha dos mesmos. Negá-los, ou conferir-lhes erro e pecado, implica em dizer que os próprios Apóstolos erraram ao instituí-los! Mas é claro que aonde há a presença humana há a distorção das coisas. Em dado momento, alguns detentores destes serviços cristãos se julgaram superiores aos demais, e criaram uma hierarquia de domínio. Isso não é bíblico, e deve ser combatido veementemente! Mas não justifica o desprezo que muitos têm contra a hierarquia bíblica, de serviço cristão, para a edificação da Igreja, ou o desejo de eliminá-la.

O grande problema é que temos muita facilidade em nos aculturarmos com as coisas do mundo. E "hierarquia" parece ser coisa de militar, onde o maior manda no menor, ou coisa de empresa, onde o maior ganha mais que o menor. “Mas não sereis vós assim”, disse o Senhor.